sábado, 15 de setembro de 2012

O que faz mover as pessoas? "Um piloto-automático chamado desejo".

Tenho-me debatido com as seguintes dúvidas:  Quão profundo e abrangente é o nosso livre-arbítrio? Quem realmente toma as nossas decisões?"
Um novo campo de investigação chamado neuromarketing - combinando neurociência, marketing e tecnologia - gerou um burburinho em todos os setores de negócios, a apresenta uma resposta a estas questões.

A resposta não é de todo, a meu vêr, agradável. Demonstra que embora a humanidade tenha evoluido em termos de conhecimento, não o fez em termos de sabedoria. Ora vejamos.

De acordo com os neurocientistas, o cérebro é composto por três partes, cada uma funcionando como um cérebro em si. Estes três cérebros "aninhados" - um dentro do outro - são os seguintes:
• O Cérebro "Humano" (Novo, Externo): A parte mais evoluída do cérebro conhecida como córtex. Responsável pela lógica, a aprendizagem, a linguagem, os pensamentos conscientes e nossas personalidades.
• O Cérebro "Mamífero" (Médio): Também conhecido como o sistema límbico. Lida com as nossas emoções, humores, memória e hormonas.
• O Cérebro "Reptiliano" (Antigo, Interno): Também conhecido como o Complexo R, controla as nossas funções básicas de sobrevivência, como a fome, a respiração, reacções fuga-luta (defesa-ataque), e evitar o perigo.

Embora sendo ainda o  neuromarketing um campo novo, com muitas perguntas sem resposta,  uma constatação é clara. É o cérebro reptiliano ou "velho" que aciona as nossas decisões

Sem o realizarmos, funcionamos, decidimos, vivemos segundo um piloto-automático chamado desejo. Esta é a nossa IGNORÂNCIA, que está na origem do nosso sofrimento mental/emocional que mais tarde se manifesta a nível físico (bloqueios energéticos e doenças).

Ignoramos que sofremos de "miopia mental", somos cegos vivendo num sonho, alheios ao facto que é o desejo primário (pre-histórico) que define o nosso comportamento e as nossas decisões. Este desejo tem duas componentes:
1) O desejo de ser feliz, traduzido na atitude "eu gosto", que origina a emoção negativa básica APEGO;
2) O desejo de não sofrer, traduzido na atitude "eu não gosto", que origina a emoção negativa básica RAIVA.

As boas notícias são que existem antídotos para estes venenos mentais.

A decisão é nossa: continuar a viver segundo padrões mentais pre-históricos ou agirmos de acordo com a nossa verdadeira natureza: amor incondicional e sabedoria infinita.

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